Comissão da Jica e equipe do BC19-Fiocruz durante a visita. Fotos: Peter Ilicciev/CCS Fiocruz
Uma comissão formada por representantes da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), ambos os órgãos com sede em Tóquio (Japão), visitaram o Biobanco Covid-19 da Fiocruz (BC-19 Fiocruz) nessa quinta-feira (21/7). O líder da missão e diretor do Departamento de Desenvolvimento Humano da Jica, Osuke Komazawa; a responsável pelo programa ligado à saúde no mesmo departamento, Mika Kamijo; o diretor do NIID, Makoto Kuroda; e a pesquisadora do Centro de Genômica de Patógenos do NIID, Akina Ogamino, iniciaram a visita aos institutos e unidades da Fiocruz na quarta (20/7), junto o cônsul geral e o vice-cônsul do Consulado Japonês, Ken Hashiba e Hiroki Muya. Eles terão atividades na Fundação até o dia 27.
Antes de chegar ao Rio de Janeiro, o grupo visitou as sedes regionais da Fundação em Pernambuco, Ceará e Amazônia. O objetivo é conhecer melhor as instalações da Fiocruz e o trabalho realizado nos diferentes espaços institucionais para promover uma maior aproximação e estabelecer intercâmbios científicos.
No BC19-Fiocruz, a delegação japonesa foi recebida pela gerente geral, Manuela da Silva; a gerente de Relações com o Ambiente Externo Cláudia Turco; o gerente de qualidade, Ricardo Brum; a analista de biologia molecular Alice Batalha de Jesus; a assessora de planejamento, Else Gribel, e o coordenador da Coleções Biológicas da Fundação, Marcelo Pelajo. Na primeira parte do encontro foram apresentadas as etapas da estruturação do Biobanco Covid-19 durante a pandemia, os serviços voltados para armazenamento de material biológico humano e não humano (vírus) relacionados à Covid-19, além de doenças causadas por bactérias, fungos e protozoários. Na segunda foi realizada a visita ao conjunto de laboratórios e salas de recepção, tratamento, armazenamento e conservação dos materiais humanos e não humanos.
Para a gerência do BC19-Fiocruz é importante estabelecer colaborações com a Jica no âmbito do Projeto para o melhoramento da rede de monitoração genômica e para ampliar a capacitação em biossegurança/bioproteção e outros campos, pois o Japão tem expertise com experiências como a do Programa Biobanco para Pesquisa Genômica e Clínica. O país tem ainda um projeto de biobanco similar ao da Fiocruz.
De certa forma esta visita à Fundação retoma relações de colaboração científica iniciadas na década de 1980 e outros contatos estabelecidos nos últimos anos. Desta vez, uma novidade durante a reunião no BC19-Fiocruz foi a discussão de questões ligadas à vigilância genômica, armazenamento de dados e acesso aberto a informações genéticas.