A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou, no Rio de Janeiro, o Biobanco Covid-19 (BC19-Fiocruz), que auxiliará na concepção e condução de pesquisas, desenvolvimento tecnológico e ensaios clínicos relacionados ao novo coronavírus, a partir do armazenamento de até 1,5 milhão de amostras de materiais biológicos humanos e não humanos.
Segundo Manuela da Silva, gerente do Biobanco Covid-19, “essa é uma iniciativa pioneira, que representa uma resposta concreta à demanda urgente do Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionando uma estrutura pioneira em um momento de emergência sanitária”.
O objetivo, explica Silva, é disponibilizar uma infraestrutura biotecnológica para o armazenamento seguro, legal e rastreável de materiais relacionados ao coronavírus e suas variantes. O Biobanco começará a receber material biológico no início de 2022. Após o fim da pandemia, o banco passará a trabalhar com outros vírus.
“O Biobanco é também o resultado de um antigo projeto para implantar o centro de recursos biológicos de saúde da Fiocruz. Desde 2010, a Fiocruz vinha trabalhando em uma proposta para estruturar o CLB Saúde, que é uma coleção de culturas, que seria constituída por vírus, bactérias, fungos e protozoários de interesse taxonômico, epidemiológico e biotecnológico”, afirma.
Para a pesquisadora, “fortalecer o complexo econômico industrial da saúde, visando a redução da dependência internacional do Brasil, preservar e dar acesso a materiais biológicos humanos de representantes da biodiversidade e seus dados associados” irá contribuir para “o enfrentamento de novos cenários de emergência sanitária”.
O empreendimento de pouco mais de mil metros quadrados de área recebeu um investimento de R$ 40 milhões do Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, destacou que “essa é uma plataforma que chega para reforçar o enfrentamento à pandemia e a preparação frente a novas emergências sanitárias. Foi um trabalho conjunto que envolveu toda Fiocruz pensando no futuro da vigilância e da saúde pública no Brasil”.
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Edição: Leandro Melito | Fonte: EPSJV/Fiocruz